RESUMO: A conjuntura política brasileira está marcada pelo avanço de uma agenda conservadora que tem provocado reflexos em diversos âmbitos da sociedade, atingindo inclusive a educação. A Lei da Reforma do Ensino Médio (13.415/2017), aprovada nesse contexto de valorização dos interesses de mercado e de fortalecimento de tendências autoritárias, consiste num ato do governo Temer que evidencia a sua centralidade no campo educacional. Tendo em vista a continuidade dos problemas estruturais do setor, a reforma pode provocar um acirramento das desigualdades já existentes. A implementação de itinerários formativos no ensino médio provocará uma diminuição da diversidade de conhecimentos presentes nessa etapa escolar, reduzindo o acesso de alunos da rede pública a conteúdos fundamentais para sua formação integral e para o desenvolvimento da percepção crítica acerca das relações sociais. Levando-se em conta o atual cenário, este artigo pretende analisar alguns dos impactos gerados pela reforma, tendo como enfoque as principais consequências causadas à disciplina de Sociologia que, desde sua obrigatoriedade em 2008, vem contribuindo para a construção de uma escola crítica, reflexiva e democrática.PALAVRAS-CHAVE: Reforma do Ensino Médio; Ensino de Sociologia; Contrarreformas; Interesses de mercado; Pensamento Crítico.
CITATION STYLE
Ferreira, W., & Santana, D. C. de. (2018). A REFORMA DO ENSINO MÉDIO E O ENSINO DE SOCIOLOGIA. Perspectiva Sociológica: A Revista de Professores de Sociologia, (21), 41–53. https://doi.org/10.33025/rps.v1i21.1740
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.