A constituição da medicina científica na aurora do século XIX delineou a problemática da saúde nos registros individual e social. O saber médico configura se, assiro, como clínica 1 e como prática médica 2 , discurso sobre o corpo singular e discurso sanitário sobre o espaço social. Com a emergência da sociedade industrial, a saúde das individualidades passa a incluir necessariamente as con dições coletivas de salubridade, não sendo mais possível conceber a existência da saúde dos sujeitos na exterioridade das condições sanitárias do espaço social. Nesse contexto, porém, que se entende por saúde pública? O que se dizer com a expressão saúde coletiva? Estas expressões constituem enunciados diversos do mesmo conceito e recobrem, portanto, um mesmo campo de práticas sociais? Ou, ao contrário, estes significantes denotam campos diferenciados, com 1. FOUCAUI,T M.,Naissance de la clinique. Une archéologie du regard médical. Paris, Presses Universitaires de France, 1963. 2. Ver FOUCAULT M., "La politique de la santé au XVIIIeme siecle", in: FOUCAULT M., et alU, Les machines a guérir. Paris, Institut de l'environnement, 1976; ROSEN E., "The evolution of social medicine", in FREEMAN M.E., LEVINE S. e REEDER L.G. Handbook 01 medical soriology. Prentice-Hall 963; ROSEN G., Da polícía médica à medícifla w,rinl. Rio do Janeiro, Oe""l, J978.
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Birman, J. (1991). A physis da saúde coletiva. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 1(1), 7–11. https://doi.org/10.1590/s0103-73311991000100001
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