Religiões e Literatura Afro-Brasileiras compartilham entre si, não apenas os sujeitos escravizados e explorados à exaustão e seus descendentes; compartilham tradição, ancestralidade, cultura e reexistência. Apresento neste artigo o que a literatura brasileira – tout court – tem adotado como teoria para balizar, hierarquizar e valorizar nas produções narrativas; a contraproposta realizada por autores/as negros/as e sistematizada por Eduardo de Assis Duarte com o nome de Literatura Afro-Brasileira; e finalmente os Cadernos Negros, assim como a ideia de sua concepção, para, em seguida, realizar uma análise de dois contos dessa antologia, nos quais a religiosidade é o tema principal. Entre análises e teoria literária traço as confluências e diálogos entre literatura e religião dos sujeitos racializados, assim como evidencio um sistema independente do sistema eurocentrado de produção e recepção literária.
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Mathias, A. (2017). Caminho das águas. Revista Calundu, 1(1). https://doi.org/10.26512/revistacalundu.v1i1.7624
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