Interdito e o silêncio: duas abordagens do impossível na linguagem

  • Tfouni F
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Abstract

Este artigo empreende uma investigação epistemológica e lógica sobre a linguagem, filiada à análise do discurso pêcheutiana, procurando verificar quais as condições lógicas para a existência da linguagem. Para realizar tal tarefa, é preciso ir até a fronteira da linguagem, aqui tratada como o silêncio. Argumentamos que o silêncio e também o interdito constituem-se como condições estruturantes e constitutivas para a existência da linguagem. Nossa tese central é a de que, para que se diga algo, é preciso que outros dizeres possíveis sejam silenciados, tanto num sentido estrutural, quanto no que tange a silêncios locais (censura). Nesses termos, consideramos o silêncio como causa necessária, mas não suficiente, do dizer. Esse deslocamento se dá através do acréscimo do operador do interdito à reflexão. A verificação das condições de existência da linguagem requer uma investigação que leve a questão para além dos preenchimentos imaginários do discurso, da linguagem e do dizer, motivo pelo qual escolhemos o caminho da lógica, e não um caminho histórico, embora a questão da história seja fundamental para a compreensão dos discursos.Este artículo emprende una investigación epistemológica y lógica sobre el lenguaje, afiliada al análisis del discurso pécheutiana, buscando verificar cuales son las condiciones lógicas para la existencia del lenguaje. Para realizar tal tarea, es preciso ir hasta la frontera del lenguaje, aquí tratada como el silencio. Argumentamos que el silencio y también el interdicho se constituyen como condiciones estructurantes y constitutivas para la existencia del lenguaje. Nuestra tesis central es la de que, para que se diga algo, es preciso que otros diceres posibles sean silenciados, tanto en un sentido estructural, como en lo que toca a silencios locales (censura). En esos términos, consideramos el silencio como causa necesaria, mas no suficiente, del decir. Ese deslocamiento se da a través del agregado del operador del interdicho a la reflexión. La verificación de las condiciones de existencia del lenguaje requiere una investigación que lleve la cuestión para más allá de los rellenos imaginarios del discurso, del lenguaje y del decir, motivo por el cual escogemos el camino de la lógica, y no un camino histórico, aunque la cuestión de la historia sea fundamental para la comprensión de los discursos.Cet article se met à entreprendre une recherche épistémologique et logique sur le langage, affiliée à l'analyse du discours de Pêcheux, cherchant à vérifier quelles sont les conditions logiques pour l'existence du langage. Pour accomplir telle tâche, il faut aller jusqu'à la frontière du langage, ici traitée comme le silence. On argumente que le silence et aussi l'interdit se constituent comme des conditions structurantes et constitutives pour l'existence du langage. Notre thèse centrale est celle que, pour qu'on puisse dire quelque chose, il faut que d'autres dires possibles se fassent taire, autant dans un sens structural, quant en ce qui concerne des silences locaux (censure). Dans ces termes, on considère le silence comme cause nécessaire, mais pas suffisante, du dire. Ce déplacement arrive à travers l'ajout de l'opérateur de l'interdit à la refléxion. La vérification des conditions de l'existence du langage requiert une investigation qui amène la question au-delà des remplissages imaginaires du discours, du langage et du dire, raison qui a motivé le choix du chemin de la logique, et non un chemin historique, quoique la question de l'histoire soit fondamentale pour la compréhension des discours.This article carries out an epistemological and logical investigation on language, following the principles of discourse analysis as proposed by Pêcheux, as a means of examining the logical conditions for the existence of language. In order to reach that goal, we believe it is necessary to reach the boundary of language, i.e., silence. We argue that not only silence, but also interdiction, are both structural and constitutive conditions for the existence of language. Our main argument is that, in order to say something, other sayings have to be silenced, both in a structural and a local sense (censorship). Following these trends, we consider silence as a necessary but not sufficient cause of saying. The logical setting for uttering becomes sufficient only when interdiction is added to it. The verification of the conditions of language existence requires an investigation that goes beyond the imaginary meanings of discourse, language and sayings, and that is the reason why we chose the logical and not the historical approach, although we still consider that history remains crucially important to discourse analysis.

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Tfouni, F. E. V. (2008). Interdito e o silêncio: duas abordagens do impossível na linguagem. Linguagem Em (Dis)Curso, 8(2), 353–371. https://doi.org/10.1590/s1518-76322008000200008

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