O acentuado envelhecimento da população mundial aumenta a demanda por profissionais com formação adequada para o atendimento da população idosa. Há carência e má distribuição de profissionais de saúde em todo o mundo, situação também vivenciada pelos profissionais capacitados para o atendimento ao idoso. A deficiência da Educação Médica em Geriatria é um fenômeno mundial: cerca de 40% dos países referem algum conteúdo de Geriatria nos cursos de graduação em Medicina. No Brasil, apesar de existir uma legislação avançada em termos de política do idoso, menos da metade dos cursos de Medicina oferecem disciplinas/módulos de Geriatria e/ou conteúdos relativos ao envelhecimento, além da escassez de atividades de formação para professores, especialistas e pesquisadores na área. Essa situação é agravada pelo fato desse grupo populacional apresentar grande predomínio de doenças crônico-degenerativas, especificidades na manifestação das doenças e, consequentemente, no seu manuseio, enfatizando a necessidade de um modelo biopsicossocial com atuação de equipe multidisciplinar capacitada para esse fim. Apesar do esforço, em âmbito mundial, de diversas entidades e sociedades envolvidas na área em instituir um currículo mínimo de Geriatria nos cursos de Medicina e em qualificar profissionais para a atuação na área, o problema agrava-se pela rapidez do envelhecimento populacional. Os desafios são muitos, e há um grande trabalho a ser realizado. A criação de modelos viáveis e sustentáveis de cuidados para idosos deve ser o objetivo de governantes e de todos os que atuam na área, não somente no Brasil, mas em todo o mundo. PALAVRAS-CHAVE:
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Galera, S. C., Costa, E. F. de A., & Gabriele, R. R. (2017). Medical Education in Geriatrics: Brazilian and global challenge. Geriatrics, Gerontology and Aging, 11(2), 88–94. https://doi.org/10.5327/z2447-211520171700034
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