Estoque de carbono em solos sob pastagens cultivadas na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba

  • Rosa R
  • Sano E
  • Rosendo J
N/ACitations
Citations of this article
23Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

O trabalho teve como objetivo avaliar o estoque de carbono nos solos sob pastagens cultivadas, na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba. Para estimar a quantidade de carbono estocado foram coletadas 80 amostras de solo, de forma aleatória, sendo 40 em pastagens degradadas (PD) e 40 em pastagens melhoradas (PM), nas profundidades de 0-5 cm, 5-10 cm; 10-20 cm e 20-30 cm. As variáveis do solo analisadas foram textura, densidade; teor de carbono total (%) e estoque de carbono (Mg/ha). Em média as pastagens (melhorada e degradada) ocupam áreas de solo com características granulométricas semelhantes, no entanto, a densidade do solo sob pastagem melhorada é menor do que a dos solos sob pastagem degradada. A densidade aumenta com o aumento da profundidade do solo, em ambas as pastagem. O teor de carbono diminui com a profundidade do solo, independente das condições da pastagem. Em média, a pastagem melhorada apresenta valor mais elevado de carbono do solo do que a pastagem degradada, em todas as profundidades analisadas. A camada superficial (0-5 cm) apresenta o maior teor de carbono (média), tanto para pastagem melhorada (2.60%) quanto para pastagem degradada (1.90%). Se considerarmos todas as camadas analisadas (0-30 cm) a pastagem melhorada possui um estoque de carbono de 68.28 Mg/ha, enquanto que a pastagem degradada possui 59.35 Mg/ha. Os dados comprovam que uma pastagem bem manejada consegue reter no solo, na profundidade de 0-30 cm, 15% a mais de carbono do que em uma pastagem degradada, ressaltando a importância do manejo das pastagens como forma de retirar carbono da atmosfera e armazenar no solo. Em um cenário onde toda a pastagem degradada fosse convertida em melhorada, a bacia teria um potencial de aumento do estoque de carbono no solo da ordem de 41 Tg.This study aimed to assess the soil carbon stock under cultivated pastures in the Parnaíba River basin. A set of 80 soil samples were collected randomly in the basin, 40 in degraded pastures and 40 in improved pastures, at the following depths: 0-5, 5-10, 10-20 and 20-30 cm. Soil texture, bulk density, total carbon content (%) and carbon stock (Mg/ha) were the variables considered. Overall, both degraded and improved pastures occupy areas of similar soil texture, however, the soil bulk density under improved pastures presented lower values than that from soils under degraded pasture. The bulk density increased with the increasing soil depth in both types of pastures. The soil carbon content decreased with soil depth regardless of the pasture´s management condition. On average, improved pastures, in comparison with degraded pastures, presented higher soil carbon contents at all considered soil depths. The surface layer (0-5 cm) showed the highest soil carbon contents on average and for both improved pastures (2.6%) and degraded pastures (1.9 %). Considering all soil depths (0-30 cm), improved pastures had an average soil carbon content of 68.28 Mg/ha, while degraded pastures presented an average soil carbon content of 59.35 Mg/ha. Well-managed pastures can store carbon throughout the entire soil depth considered in this study (0-30 cm) upt to 15% more carbon than in degraded pastures, emphasizing the importance of pasture management as a way of seeking carbon from the atmosphere and stock it in the soil. In a scenario where all degraded pastures are converted into improved pasture, we can have an additional 41 Tg of carbon stocked in the Parnaiba river basin.

Cite

CITATION STYLE

APA

Rosa, R., Sano, E. E., & Rosendo, J. dos S. (2014). Estoque de carbono em solos sob pastagens cultivadas na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba. Sociedade & Natureza, 26(2), 333–351. https://doi.org/10.1590/1982-451320140210

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free