Componente indissociável da fala e do canto, a voz é um objeto fugidio que escapa às abordagens parciais das várias disciplinas que dela se ocupam. A partir desta constatação, discuto o lugar da voz nos saberes sobre a música. As tipologias vocais geradas no canto erudito, comprometidas com as técnicas e estéticas desenvolvidas na Europa, modernamente, não são extensivas às vocalizações populares e folclóricas. As análises musicais que privilegiam o eixo sintático da música também dizem pouco sobre a voz. Revejo, então, alguns aspectos da “cantométrica” de Alan Lomax, metodologia que – juntamente com as etnografias da fala e da música – constitui um avanço na integração de fonética, antropologia e musicologia.
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Travassos, E. (2008). Um objeto fugidio: voz e “musicologias.” Música Em Perspectiva, 1(1). https://doi.org/10.5380/mp.v1i1.11718
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