Este estudo busca desvelar as questões que representam os principais entraves referentes aos transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT). Foram analisados os resultados de uma revisão sobre a vigilância em saúde mental e trabalho, de 2017, e se comparou com os resultados da segunda oficina de saúde mental e trabalho (SM&T), no X Congresso de Epidemiologia, do mesmo ano. No artigo, são pontuadas quatro vertentes para o entendimento sobre a SM&T: os dados epidemiológicos; as políticas vigentes de enfrentamento do problema; o entendimento da a centralidade da organização do trabalho; e as estratégias de ação e intervenção nos ambientes de trabalho, ou a ausência destas, principal nó crítico do fenômeno estudado. Na oficina, constatou-se que as ações em SM&T, realizadas pelos profissionais da rede, são incipientes e de pouca visibilidade; as ações dos centros de referência na área são, em sua maioria, ações de educação em saúde. Este estudo contribui com uma crítica embasada nas ciências sociais, revelando possibilidades e estratégias para o enfrentamento de tais dificuldades, uma vez que o contexto de enfrentamento dos agravos à saúde mental relacionados ao trabalho se mostra um desafio singular para o campo da saúde do trabalhador.Abstractthis study aims to uncover the issues that represent the main obstacles regarding work-related mental disorders (tMrt). We analyzed the results of a review on mental health and work surveillance in 2017 and compared it with the results of the second workshop on mental health and work (SM&t) at the X Congress of Epidemiology in that same year. in this article four topics are scored for the understanding of SM&T: the epidemiological data; the current policies for coping with the problem; the understanding of the centrality of work organization; and the strategies of action and intervention in the work environments, or the absence of these, main critical node of the studied phenomenon. In the workshop, it was verified that the SM&T actions carried out by network professionals are incipient and of little visibility; the actions of the centers of reference in the area are, for the most part, health education actions. This study contributes with a critique based on the social sciences, revealing possibilities and strategies for coping with such difficulties, since the context of dealing with work-related mental health problems is a unique challenge for the field of the worker health.
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Palma, T. de F., Ferreira, M. E. R., Santos, C. B. de A., & Lôbo, L. N. (2019). Panorama da saúde mental e trabalho no Brasil. Revista de Saúde Coletiva Da UEFS, 9, 153–158. https://doi.org/10.13102/rscdauefs.v9i0.4611
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