Este artigo apresenta a história das relações entre os maroons saamaka e os ameríndios no Suriname, que variaram entre a amizade e a solidariedade limitadas e a ferrenha inimizade. Durante o século XVII, à medida que os escravos africanos fugiram em direção às florestas, os índios serviram como seus mentores e, em certos casos, como seus cônjuges. Durante as décadas de guerra entre o nascente povo Saamaka e o governo colonial, os índios foram utilizados pelo governo como eficientes batedores nas florestas e como caçadores de recompensas dos Saamaka. À época da paz de 1762, uma aldeia saamaka contava com uma dúzia de índios Akuriyó e vários cativos Arawak; outro povoado incluía os famosos índios “Tufinga”. Este trabalho termina com uma discussão sobre o papel antimaroon desempenhado pelos índios durante a Guerra Civil do Suriname (1986-1992) e da luta por direitos territoriais, em que maroons e índios estão, finalmente, a colaborar.
CITATION STYLE
Price, R. (2014). Vizinhos Difíceis: maroons e índios no Suriname. Ilha Revista de Antropologia, 16(1), 203. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2014v16n1p203
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.