O objetivo deste artigo é examinar um aspecto frequentemente negligenciado nos estudos sobre a Ciência Política no Brasil: as desigualdades internas à comunidade científica. Para tal, começamos por localizar nossa contribuição na literatura especializada. Em seguida, analisamos os perfis de gênero, raça e região geográfica dos docentes de todos os programas de pós-graduação da área reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os resultados mostram que a disciplina apresenta assimetrias de gênero e severa desigualdade racial, o que não pode ser totalmente explicado pelas diferenças regionais do país. A fim de observar o dado em perspectiva mais ampla, comparamos as características da Ciência Política às da Sociologia e da Antropologia e concluímos que a primeira é mais desigual em ambas as dimensões.
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Candido, M. R., Júnior, J. F., & Campos, L. A. (2019). Desigualdades na elite da Ciência Política brasileira. Civitas - Revista de Ciências Sociais, 19(3), 564. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2019.3.33488
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