Nas últimas décadas, tem havido crescente interesse pelo enten- dimento dos mecanismos fisiopatológicos operantes na hipertensão pulmonar, sobretudo na hipertensão arterial pulmonar (HAP). Os progressos têm sido mais evidentes com relação à assim chamada HAP idiopática (esporádica e familial, anteriormente chamada de hipertensão pulmonar primária). Genes foram identificados cujas alterações podem estar relacionadas ao desencadeamento da doença (bone morphogenetic protein type 2 receptor, BMPR2). Outros genes têm sido identificados como facilitadores (transportador da serotonina). Além disso, a partir de estudos em modelos animais e cultivo celular, uma série de alterações biológicas tem sido identifi- cada. Essas alterações envolvem células endoteliais, musculares lisas, fibroblastos, matriz extracelular, proteólise pericelular, fato- res de crescimento e seus receptores, entre outros. A presente revisão tem como objetivo identificar as principais alterações fisio- patológicas conhecidas na HAP até o momento. Além disso, são apresentadas duas famílias com HAP, com o objetivo de enfatizar a importância do diagnóstico genético e chamar a atenção para as vias de sinalização (óxido nítrico/GMP cíclico), hoje utilizadas em intervenções terapêuticas (sildenafil, uso crônico).
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Barreto, A. C., Franchi, S. M., Pereira, A. C., & Lopes, A. A. (2005). Hipertensão arterial pulmonar: fisiopatologia, aspectos genéticos e resposta ao uso crônico do sildenafil. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 85(2). https://doi.org/10.1590/s0066-782x2005001500015
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