Este artigo procura realizar uma reflexão preliminar sobre os caminhos da memória diante da catástrofe ambiental ocorrida nos distritos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Paracatu de Cima, localizados no município de Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. A partir da experiência do trauma do desastre, da destruição dos vilarejos, cobertos de lama tóxica, como se dá a construção social do espaço e do tempo pela população? A forma de luta principal dos moradores das cidades atingidas são ações de memória como chamam: textos, vídeos, jornal, perfis e sites na internet como forma de fala - expressão, comunicação - aos que não sofreram o trauma e como forma de habilitar uma esfera pública onde podem incorporar suas narrativas silenciadas pela ação da empresa responsável que não reconhece a maioria deles como "atingidos" pelo desastre.
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Maia, A. C. N., & Alves da Silva, R. H. (2020). A sirene que não toca: memórias sobre ruínas e desocupação de uma cidade mineradora. História Oral, 22(2), 58–73. https://doi.org/10.51880/ho.v22i2.961
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