RESUMO Objetivo: Caracterizar e mensurar a autopercepção vocal de pacientes pré e pós-tratamento fonoaudiológico, por meio do protocolo de Índice de Desvantagem Vocal (IDV). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com utilização do banco de dados de pacientes atendidos em um setor de Fonoaudiologia. Resultados: A amostra foi composta por 23 pacientes, sendo 16 (69,6%) do gênero feminino e sete (30,4%) do gênero masculino. A média de idade foi de 58 anos, a média do tempo de terapia foi de três meses e o número de sessões foi de 11 atendimentos. Dentre os tipos de disfonia encontrados, a orgânica foi a mais frequente (47,8%), seguida da funcional (30,7%) e da organofuncional (21,7%). A mediana do escore total do protocolo apresentou diminuição no período pré-intervenção, em relação ao período pós-intervenção, significando menor desvantagem vocal. Além disso, 80% das questões do protocolo apresentaram diferença significativa, quando comparadas pré e pós-fonoterapia da voz. Conclusão: Houve diferença na percepção da voz após a intervenção fonoaudiológica, indicada por meio da redução dos escores nos itens do IDV. Os achados demonstraram a importância do uso do protocolo IDV na prática clínica, auxiliando o profissional fonoaudiólogo no direcionamento do tratamento e no entendimento do comportamento vocal de pacientes disfônicos. Sugere-se futuras pesquisas, tendo em vista a eficácia do instrumento.ABSTRACT Purpose: Characterize and measure the voice self-perception of patients pre and post speech therapy treatment using the Índice de Desvantagem Vocal (IDV) protocol, adapted from the Voice Handicap Index (VHI) protocol. Methods: This is a cross-sectional study using a database of patients seen in a speech therapy service. Results: The sample comprised 23 patients, 16 (69.6%) of whom female and seven (30.4%) male. The mean age was 58 years and the mean therapy duration was three months with 11 sessions. Among the types of dysphonia found, organic was the most frequent (47.8%) followed by functional (30.7%) and organic-functional (21.7%). The protocol's total score median decreased prior to intervention compared to the post-intervention period, which means a lower voice handicap. Moreover, 80% of the protocol's questions significantly differed when compared pre and post speech therapy. Conclusion: A difference was found in voice perception after speech therapy intervention, indicated by lower scores in the IDV items. The findings show the importance of using the IDV protocol in clinical practice to help the speech therapist target the treatment and understand the voice behavior of dysphonic patients. Further research is suggested given the instrument's efficacy.
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Lemos, I. de O., Marchand, D. L. P., & Cassol, M. (2015). Índice de Desvantagem Vocal pré e pós-intervenção vocal em pacientes disfônicos. Audiology - Communication Research, 20(4), 355–360. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2015-1580
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