O artigo propõe uma leitura do relato da viagem de Mário de Andrade à Amazônia, O turista aprendiz, valorizando contingências e ambi- guidades na modelagem da narrativa e do narrador-viajante. Por isso, recusa assimilar de antemão o relato amazônico à literatura de viagem em geral ou mesmo à ideia de viagem etnográfica tão carac- terística do relato de outra viagem do autor, ao Nordeste. Uma rápida comparação com os escritos de Euclides da Cunha permite ainda discutir intertextualidade, tradução cultural e ressignificação dos tropos dos relatos de viagem à Amazônia, e nos aproximarmos um pouco mais do sentido das ideias de Mário de Andrade, nunca livres de ambiguidades, às quais devem justamente sua força, alcance e interesse contemporâneos.
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Botelho, A. (2013). A viagem de Mário de Andrade à Amazônia entre raízes e rotas. Revista Do Instituto de Estudos Brasileiros, 0(57), 15. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901x.v0i57p15-49
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