Esse estudo objetiva compreender os dilemas da gestão do modelo de instituições universitárias multicampi, levando em consideração que o cenário brasileiro permitiu um desenho organizacional diferenciado para atender as regiões. Pretende-se identificar as dificuldades vivenciadas por esse modelo, aproveitando a experiência de três décadas de existência da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), que possui treze campi e dez núcleos pedagógicos, indicando caminhos alternativos para superação dos entraves. Num primeiro momento, o procedimento metodológico foi o levantamento bibliográfico que consistiu num estado de conhecimento/estado da arte sobre a terminologia multicampi. Foi utilizada também uma pesquisa documental sobre os anuários e catálogos institucionais relativos aos desdobramentos da temática em estudo. Posteriormente realizou-se uma pesquisa de campo com entrevistas aplicadas a cinco ex-pró-reitores de pesquisa e pós-graduação da Unemat, além de vinte e um líderes de grupos de pesquisa, constituindo um estudo de caso. A abordagem analítica de reflexão dos dados foi a análise de conteúdo e a pesquisa quali/quantitativa. Diante dos resultados obtidos, constatou-se que a proposta multicampi se expande em unidades menores tentando não comprometer a identidade institucional. Pode-se, considerar finalmente, que existem vantagens na multicampia, entretanto, a dispersão geográfica cria dificuldades de natureza administrativa.
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Nez, E. de. (2016). Os dilemas da gestão de universidades multicampi no Brasil. Revista Gestão Universitária Na América Latina - GUAL, 131–153. https://doi.org/10.5007/1983-4535.2016v9n2p131
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