O artigo analisa riscos e potencialidades que emergem da institucionalização/expansão da Licenciatura em Educação do Campo no Estado do Pará, ofertados pela UFPA, Campus de Cametá, e UNIFESSPA, Campus de Marabá, identificando desdobramentos quanto à ampliação do acesso das populações do campo à Educação Superior e à Educação Básica. Ele se referencia em um estudo de natureza bibliográfico, documental e de campo, vinculado à Rede Universitas-Br, que investiga a expansão da Educação Superior do campo ancorado no Materialismo Histórico Dialético. Os resultados indicam que em Cametá, o risco maior se vincula à dificuldade de materializar a alternância pedagógica sem dissociá-la dos princípios originários da educação do campo e, como potencialidade, destaca-se a afirmação de um currículo interdisciplinar na formação de Educadores realizada pelo Curso de Licenciatura em Educação do Campo. Em Marabá, o risco maior advém de ações desarticuladas na oferta da Educação Básica entre os entes federados, incluindo o tenso diálogo com a Secretaria Estadual de Educação quanto à construção do Ensino Médio, e, como potencialidade, destaca-se a relação entre universidade e movimentos sociais, construída como estratégia para o fortalecimento da legitimidade social do curso.
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Hage, S. A. M., Molina, M. C., Silva, H. D. S. de A., & Anjos, M. P. dos. (2018). O direito à educação superior e a licenciatura em educação do campo no Pará: riscos e potencialidades de sua institucionalização. Acta Scientiarum. Education, 40(1), 37675. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v40i1.37675
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