O desenvolvimento de novos produtos de grandes dimensões e espessuras reduzidas tem tornado cada vez mais difícil o controle da planaridade dos porcelanatos. O método tradicional para a quantificação da tendência das massas à deformação piroplástica é baseado na deformação final dos produtos. Entretanto, para que se possa atuar com mais propriedade sobre a formulação das massas e as condições de fabricação é importante saber como a peça se deforma durante a queima até chegar à deformação final. O flexímetro ótico permite registrar continuamente a deformação das peças durante a queima. Além disso, a precisão da medida da deformação é consideravelmente maior do que no método tradicional. Nesse contexto o objetivo desse trabalho foi utilizar essa tecnologia, flexímetro ótico, para acompanhar continuamente a evolução das deformações de massas industriais de porcelanato durante a queima e identificar as principais alternativas para a diminuição das mesmas. Observou-se que a maior parte das deformações sofridas pelas placas ocorre na máxima temperatura de queima e que ciclos com menores tempos de patamar contribuem para a redução dos defeitos de planaridade. Nesse sentido, constatou-se, ainda, que menores resíduos de moagem, maior densidade aparente do compacto verde e composições que favorecem a formação de fases líquidas mais viscosas em elevadas temperaturas também contribuem para a redução das deformações piroplásticas.
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Santos, L. R. dos, Nastri, S., Zenatti, S., Lot, A. V., Melchiades, F. G., & Boschi, A. O. (2019). A evolução da deformação piroplástica de porcelanatos durante a queima. Cerâmica Industrial, 24(3), 27–34. https://doi.org/10.4322/cerind.2019.015
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