Sob a pressão seletiva das necessidades, a espécie humana aprendeu a pesquisar, acumular conhecimento e inovar. Essa foi a estratégia central na evolução humana, que tem a ciência e a inovação como faces complementares da mesma moeda. No Brasil, superada a fase predatória colonial, essa estratégia de acumulação de conhecimento como premissa da inovação se faz sentir após a Segunda Guerra Mundial, com os investimentos em ciência e tecnologia para garantir a soberania e o desenvolvimento econômico e social. O modelo adotado foi o de se criar um forte programa de capacitação no país e no exterior juntamente com um programa de apoio à pesquisa científica, promovendo-se numa primeira etapa a geração de conhecimento que, fatalmente, levaria à sua utilização na inovação. Apesar da falta de consenso em relação aos indicadores utilizados para medir e comparar nosso grau de desenvolvimento científico e tecnológico, os resultados sugerem que já alcançamos um estágio respeitável, tanto do ponto de vista qualitativo quanto quantitativo, na geração do conhecimento necessário para darmos um salto em relação à inovação no contexto de uma sociedade moderna que busca o desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis.
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Oliva, G., & Silva, F. P. da. (2012). Ciência e inovação. Revista USP, (93), 59–68. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i93p59-68
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