O assoreamento de reservatórios é um processo que merece bastante atenção no semiárido cearense, visto que, o abastecimento hídrico dessa região dar-se basicamente das águas superficiais. No presente artigo propõe-se uma aplicação do modelo USLE associado ao SIG para estimativa da distribuição espacial da erosão, bem como, a quantificação do assoreamento em um reservatório de águas superficiais no estado do Ceará, o açude Marengo localizado no município de Madalena. A bacia hidrográfica possui uma área de 74,6 km2, sendo a capacidade de armazenamento do reservatório de 18,5 hm3. O levantamento batimétrico foi utilizado a fim de verificar o grau de aproximação dos resultados simulados aos dados medidos. Portanto, foram simulados outros três cenários: i) 60 anos após a construção, sendo esse o cenário utilizado na aferição do modelo; ii) 100 anos e iii) 200 anos. A distribuição da perda de solo em quase 70% da bacia do reservatório apresenta valor menor que 50 t ha-1 ano-1, sendo considerada como grau moderado de erosão. A produção de sedimento média para a bacia foi de 5,22 t ha-1 ano-1. O volume assoreado médio anual foi da ordem de 0,028 hm3 ano-1 resultando em uma taxa moderada de assoreamento da ordem de 0,15% ao ano. Verificou-se que curva cota- volume medida a partir da batimetria, está próxima à curva estimada pelo modelo no mesmo período de tempo, mostrando a robustez do modelo USLE+SIG na estimativa do assoreamento.
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Batista Lopes, J. W., De Araújo Neto, J. R., & Pinheiro, E. A. R. (2015). PRODUÇÃO DE SEDIMENTOS E ASSOREAMENTO EM RESERVATÓRIO NO SEMIÁRIDO: O CASO DO AÇUDE MARENGO, CEARÁ. Geoambiente On-Line, (24). https://doi.org/10.5216/revgeoamb.v0i24.33954
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