Este artigo é parte de uma pesquisa de mestrado motivada por um acompanhamento terapêutico e por uma questão que surgiu em meio aos encontros: o que se passa entre acompanhado e acompanhante? Tradicionalmente, essa prática é reconhecida por utilizar-se das ruas e saídas, como modo de não ficar restrita ao ambiente físico das instituições ou ao setting tradicional da clínica. Neste trabalho, tendo como referências o pensamento de Deleuze e Guattari, utilizamos a cartografia como método de pesquisa-intervenção, do qual destacaremos aqui alguns fragmentos de relatos e, principalmente, seus enredamentos conceituais, mostrando como ambos se compuseram nos (e partir dos) encontros nos quais acompanhado e acompanhante teceram juntos uma rede de relações contagiando o cotidiano, a vizinhança, o comércio, a informática, os fazeres e os saberes a respeito da clínica. São experimentações, agenciamentos, acontecimentos e derivas que se passam entre acompanhado e acompanhante em intensidades que os arrastam, produzindo outros modos de ver, pensar, sentir e estar no mundo.
CITATION STYLE
Silva, D., Próchno, C. C. S. C., & Silveira, R. W. M. (2016). Encontros, derivas e intercessores em um acompanhamento terapêutico. Psicologia Em Revista, 22(3), 596. https://doi.org/10.5752/p.1678-9523.2016v22n3p596
Mendeley helps you to discover research relevant for your work.