A história das baleias, no Brasil, está escrita em páginas de dor e sofrimento. Desde a época colonial, quando as armações experimentaram seu apogeu, a sina desses grandes mamíferos marinhos tem sido permeada por longos rastros de sangue, presa aos arpões dos barcos caçadores. Entre junho e setembro de cada ano grande variedade de cetáceos migrava do pólo sul para os mares nordestinos, em busca de temperaturas mais amenas, para procriar. Durante três décadas, no litoral da Paraíba, a captura de baleias foi promovida em larga escala pela Companhia de Pesca Norte do Brasil (COPESBRA), equiparando-se a um autêntico genocídio. Embora a Lei dos Cetáceos tenha proibido a caça, a partir de 1987, um segmento do setor pesqueiro paraibano atualmente se mobiliza visando à retomada dessa atividade inconstitucional e perversa.
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LEVAI, L. F., & SOUZA, V. M. de. (2014). Memórias de sangue: a história da caça à baleia no litoral Paraibano. Revista Brasileira de Direito Animal, 4(5). https://doi.org/10.9771/rbda.v4i5.10634
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