Resumo: Introduçao: A atividade dos profissionais que atuam no campo da prevençao em saúde e segurança do trabalhador encontra-se diante de situaçao paradoxal tendo em vista, entre outros aspectos, o contexto produtivista que deixa em segundo plano a segurança e a saúde, a limitaçao das referencias conceituais hegemônicas no campo, as limitaçöes do poder de agir destes profissionais e a própria natureza conflituosa e complexa do mundo do trabalho. Objetivo: Na forma de ensaio, o artigo, em diálogo com a literatura do campo, se propoe a refletir sobre os impasses e desafios da atividade de prevençao. Método: As reflexoes se baseiam na experiencia dos autores seja no campo prático como em atividades de pesquisa, ensino e extensao na área de vigilância em saúde e segurança do trabalhador. Resultados: Embora a atividade de prevençao tenha sido reconhecida como campo de atuaçao legal e especializada há mais de 40 anos no país, a magnitude dos dados relativos aos acidentes ocupacionais e industriais mostra limites e dificuldades que esses profissionais enfrentam e justifica a importancia da análise das práticas correntes em busca de entender as contradiçöes que estao na origem das dificuldades para o alcance do objeto da prevençao. Conclusao: A sociedade pode cobrar das organizaçöes trabalho seguro e saudável, criando pressao para que mudem suas práticas e conceitos, ou pode pressionar também o Estado para que sejam criadas políticas públicas em relaçao a segurança.
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Vilela, R. A. de G., & Hurtado, S. L. B. (2017). UMA LEITURA DA CRISE DA ATIVIDADE DE PREVENÇÃO: PARADOXOS ATUAIS E DESAFIOS FUTUROS. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 25(4), 917–926. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoen01077
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