A rodovia Transamazônica perfaz 50 anos de existência. O texto, ao delimitar esse período, expõe aos interessados cinco leituras possíveis de sua história. Certos de que um retrato fidedigno de sua trajetória é infactível em estudos de História, assumimos a seleção deliberada de episódios encontrados em fontes e documentos consultados, para, de algum modo, representar as inúmeras faces do objeto. Partimos do prefixo “trans” como dispositivo de interpretação da palavra “transamazônica”. Ao determinar tal prefixo como um potencializador de significados, pudemos identificar outras qualidades e entendimentos para a rodovia que não somente a de uma infraestrutura de transporte. A rodovia Transamazônica é, sobretudo, uma ação envolta por inúmeros atributos: é transfigurar por simbologias, é transpassar por escalas, é transformar pela tecnificação, é transparecer por paisagens utópicas, é transtornar pelos invisibilizados. São retratos de uma rodovia que a floresta, a seu modo, conseguiu domar. Mas, até quando?
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Trevisan, R., Buiate Brandão, S., Felício Costa, L., Da Silva Moraes, R. T., Rocha Reis, T., Botelho Trindade Vilela, N., & Guida Teixeira, C. (2021). Transamazônica trans. Revista Cadernos Do Ceom, 34(55), 151–174. https://doi.org/10.22562/2021.55.11
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