A dinâmica foi estudada em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, localizado na Floresta Nacional de Três Barras, município de Três Barras, estado de Santa Catarina, em um período de cinco anos (2004-2009). Em 2004 foram instaladas e medidas 26 parcelas permanentes de 1 hacada, sendo que as mesmas foram subdivididas em unidade de 10 mx 50 m(500 m²). Todas as árvores com DAP > 10 cm foram numeradas e mensuradas para a análise do número de espécies, gêneros, famílias botânicas, o incremento periódico anual (DAP e área basal), o ingresso e a mortalidade. Em 2009, todas as parcelas foram remedidas para avaliar as mudanças entre os dois períodos, sendo os resultados apresentados para toda a floresta (26 ha) e para as 10 espécies mais importantes. Em 2004, afloresta apresentou 721 árvores/ha passando em 2009 para 709 árvores/ha, distribuídas nas duas ocasiões, em 72 espécies, 29 famílias e 53 gêneros. Houve incremento diamétrico anual (0,27 cm/ano) e da área basal (0,28 m²/ha/ano) para a floresta como um todo e entre as 10 espécies mais importantes, sendo Ilex theezans Mart. ex Reissek e Piptocarpha angustifolia Dusen ex Malme as espécies com menor (0,08 cm) e maior incremento diamétrico (0,83 cm), respectivamente. Considerando-se todas as espécies presentes na área de estudo, a área basal teve um acréscimo de 0,47 m²/ha/ano, indicando um contínuo crescimento em busca de atingir seu estoque completo. A taxa média anual de mortalidade foi de 2,14% e a taxa de ingresso foi de 2,01%. Ilex paraguariensis A. St. Hil. apresentou a maior taxa de mortalidade (1,86%/ano) e Cupania vernalis Cambess. a maior taxa de ingresso (2,18%/ano). Ao serem consideradas as 10 espécies mais importantes, Ocotea porosa (Ness) Barroso apresentou maior incremento anual em diâmetro (0,43 cm/ano) e Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze com maior incremento em área basal (0,1874 m²/ha/ano). De forma geral, no período de cinco anos, os resultados apontaram para pequenas alterações na dinâmica da floresta e para as 10 espécies mais importantes. Certamente, isso se deve ao estágio de sucessão avançado da floresta avaliada.
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Cubas, R., Watzlawick, L. F., & Figueiredo Filho, A. (2016). INCREMENTO, INGRESSO, MORTALIDADE EM UM REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA EM TRÊS BARRAS - SC. Ciência Florestal, 26(3), 889–900. https://doi.org/10.5902/1980509824216
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