No presente trabalho, procuramos discutir as transformações ocorridas no espaço da agricultura familiar pós-Revolução Verde, especialmente a partir do movimento contestatório engendrado por organizações sociais que defendem o ideário agroecológico. Inicialmente, procurou-se compreender como a identidade a e realidade social são construídas e reconstruídas socialmente. Utilizou-se uma abordagem fenomenológica para investigar como se dá a ruptura com a realidade convencional e a transição para a agroecologia. Com base nas evidências empíricas, é possível dizer que a agroecologia participa da ressignificação positiva da identidade social dos agricultores. Entretanto, o reconhecimento da nova identidade passa pelo questionamento da realidade dominante a partir de crises vividas pelos agricultores. Sua manutenção requer partilhá-la intersubjetivamente com um grupo ou organização.In this work we seek to discuss the transformations that have occurred in family farming since the Green Revolution, especially since the protest movement that engendered the social organizations that defend the ideals of agroecology. Initially, we sought to understand how identity and social reality are constructed and reconstructed socially. A phenomenological approach was used to investigate how the break with conventional reality and the transition to agroecology occur. Based on empirical evidence we can say that agroecology helps provide a new and positive meaning to the social identity of farmers. However, recognition of the new identity involves questioning the dominant reality, starting with the crises experienced by farmers. Maintaining identity requires sharing it inter-subjectively with a group or organization.
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Bauer, M. A. L., & Mesquita, Z. (2008). Organizações sociais e agroecologia: construção de identidades e transformações sociais. Revista de Administração de Empresas, 48(3), 23–34. https://doi.org/10.1590/s0034-75902008000300003
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