Baseado na Teoria da Sinalização, este trabalho partiu do pressuposto que os indicadores contábeis emitem sinais a respeito de algumas situações econômicas-financeiras. Ao utilizar um modelo de previsão de insolvência, trabalha-se com a hipótese de que os problemas de uma organização podem ser detectados antecipadamente, identificando dessa forma a saúde financeira da empresa. Sendo assim, o objetivo deste artigo é identificar os indicadores contábeis que sinalizam o estado de recuperação judicial das organizações. Foram selecionadas todas as empresas de capital aberto listadas na BM&FBovespa, durante o período de 2005 a 2013, totalizando 330 empresas e 2.664 observações. Os dados foram agrupados ( pooled) de forma desbalanceada e os parâmetros estimados por meio da técnica econométrica Regressão Logística ( Logit). Os resultados demonstraram que quatro indicadores são estatisticamente significativos para previsão de recuperação judicial, sendo os índices de Liquidez Corrente, Produtividade dos Ativos e Retorno sobre o Ativo significativos ao nível de 1% e Retorno sobre o Patrimônio Líquido significativo a 5%. Além disso, o modelo estimado classificou 93,69% das observações corretamente, no entanto, apenas em relação ao nível de empresas solvente o percentual de previsão foi satisfatório, atingindo 100%. Apesar do modelo não apresentar um percentual de previsão satisfatório para as empresas em recuperação judicial, os resultados individuais apresentados para cada um deles (significâncias e coeficientes de regressão) foram estatisticamente significativos.
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Silva, P. Z. P. da, Garcia, I. A. S., Lucena, W. G. L., & Paulo, E. (2017). A Teoria da Sinalização e a Recuperação Judicial: Um Estudo nas Empresas de Capital Aberto Listadas na BM&FBovespa. Desenvolvimento Em Questão, 16(42), 553. https://doi.org/10.21527/2237-6453.2018.42.553-584
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