No Brasil, o modelo sindical formado a partir do corporativismo autoritário instituído na década de 30 sofre transformações com o fim do ciclo militar inaugurado em 1964. Com a redemocratização, o movimento sindical passou a conviver com a representação plural de interesses, o que se refletiu no sindicalismo médico a partir de 1977. O arranjo político decorrente da Constituinte de 1988 consagrou, no caso da saúde, formas pluripartites de gestão da política pública. Propomos uma discussão conceitual acerca dos arranjos neocorporativos, característicos das experiências sociais européias, e sobre a sua relevância para a compreensão da política pública em saúde no contexto da chamada Reforma Sanitária.In Brazil, the trade union structure created by authoritarian corporatism in the 1930's began to change when the cycle of the military regime installed in 1964 came to an end. With redemocratization, the trade union movement began to coexist with the organization of pluralistic interests, a process which has influenced the physicians' movement since 1977. The new National Constitution adopted in 1988 provided for multipartite control over health policy. We present a conceptual discussion of neocorporatist arrangements (which are common in European social experience) and their signficance for an understanding of health policy in the context of the so called Health Reform process in Brazil.
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Ribeiro, J. M. (1993). Arranjos neocorporativos e defesa de interesses do médicos. Cadernos de Saúde Pública, 9(1), 05–20. https://doi.org/10.1590/s0102-311x1993000100002
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