O estado do Amazonas abrange municípios ribeirinhos que, devido a suas peculiaridades, são um desafio para organização da Atenção Primária à Saúde (APS). Este estudo objetivou avaliar os atributos essenciais de integralidade e longitudinalidade da APS da mulher em idade reprodutiva em três municípios amazônicos, pois doenças preveníveis pela APS apresentam alta incidência nessa população. Esta é uma pesquisa transversal, de caráter exploratório e abordagem quantitativa, que utilizou o instrumento Avaliação da Atenção Primária (PCATool) Versão Adulto para entrevistar 857 mulheres. Os resultados foram insatisfatórios na avaliação dos dois atributos, longitudinalidade e integralidade, com diferenças significativas entre os municípios. Na avaliação da APS sobre questões de relevância epidemiológica para saúde da mulher amazônica os resultados demonstraram que os serviços de assistência pré-natal e a realização de exame preventivo para o câncer de colo de útero estavam disponíveis para cerca de 90% das mulheres. O aconselhamento para testagem de HIV foi relatado por mais de 60% das mulheres entrevistadas. Assim, este estudo identificou limites e desafios da Atenção Primária a Saúde da mulher nesses municípios, reforçando a importância de processos avaliativos como instrumentos de melhor gerenciamento das políticas públicas em saúde.
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MOYSÉS, R. P. C., Teixeira, V. C. L., Martins, R. G., Souza, C. da S. M., Abensur, T. D. C., & Pereira, M. G. (2020). Integralidade e longitudinalidade da Atenção Primária à Saúde da mulher: uma análise de três municípios amazônicos. Revista de APS, 22(1). https://doi.org/10.34019/1809-8363.2019.v22.16740
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