Cuidar de um bebê é uma tarefa complexa e, em meio a tantas outras demandas, poder contar com a ajuda de uma rede de apoio pode ser essencial às mães e aos pais. Porém, estabelecer combinações com a rede de apoio sobre como esse cuidado será realizado pode ser um desafio, principalmente no que se refere ao uso de mídias digitais. O objetivo do presente estudo foi investigar os processos de coparentalidade e a configuração das redes de apoio das mães que utilizam mídias digitais na rotina com seus bebês e das que não o fazem, além de suas possíveis influências no acesso dos bebês às mídias digitais. Participaram deste estudo 15 mães de bebês que tinham entre 3 e 24 meses. Oito mães relataram que não ofereciam mídias digitais aos seus bebês e 7 o faziam. A partir de análise temática, identificou-se que os avós dos bebês tanto eram a principal rede de apoio das mães, quanto foram a principal fonte de exposição dos bebês às mídias digitais. Apesar de a rede de apoio ser considerada uma alternativa ao uso de mídias, esta se configura como outra fonte de acesso dos bebês a elas, mesmo sem o consenso familiar.
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Canani da Rosa, L., Pedrotti, B. G., Yustas Mallmann, M., & Bitencourt Frizzo, G. (2021). O Papel da Coparentalidade e da Rede de Apoio Materna no Uso de Mídias Digitais por Bebês. Contextos Clínicos, 13(3), 786–806. https://doi.org/10.4013/ctc.2020.133.04
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