A experiência da Terapia Ocupacional no uso de atividades como instrumento terapêutico possibilita a promoção de um espaço de criatividade. Neste sentido o estudo buscou identificar o modo pelo qual o paciente vivencia o processo criativo, ao desenvolver atividades durante o período de internamento e tratamento quimioterápico. Constituindo-se em um estudo de abordagem clinico qualitativa, que utilizou o referencial teórico da teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott. Para sua realização, foram realizados 5 encontros individuais com 9 pacientes internados para tratamento quimioterápico. O primeiro encontro foi destinado a entrevista inicial e nos demais encontros a proposta consistiu em realizar uma atividade. Ao final de cada encontro o paciente respondia a uma entrevista semi estruturada, que foi audiogravada e o material coletado transcrito. As informações obtidas foram submetidas à análise de conteúdo. A partir desse processo emergiram seis categorias temáticas: a vivência do tempo, o brincar no processo criativo, a subjetividade na ação, a criatividade como metáfora, o emergir da criatividade e crença religiosa. Verifi cou-se que o processo de realização de atividade apresentou-se como um ato criativo que expressava o modo particular pelo qual cada paciente atribuía sentido e signifi cado as suas experiências no mundo.
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Motta, M. R., De Camargo, M. J. G., & Pinheiro, N. N. B. (2013). O processo criativo de pacientes internados para tratamento quimioterápico: uma contribuição a partir do pensamento de D. W. Winnicott. Revista de Terapia Ocupacional Da Universidade de São Paulo, 24(2), 141. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i2p141-148
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