É central na interminável discussão sobre o passado, o presente e o futuro da universidade como ela foi e deve ser dirigida, que condições são exigidas de suas lideranças, que desafios enfrentam em seu trabalho para conservar o melhor da instituição e exercer seu papel inovador reconstruindo suas concepções, instituições, procedimentos e valores. Nesses caminhos entre conservar e inovar, os dirigentes universitários sofrem pressões de inúmeros grupos políticos, internos e externos à instituição. Alguns deles representam os corpos docentes, discentes e admi- nistrativos das unidades, e as associações de professores, funcionários e estudantes. Por outro lado, governos, instituições mantenedoras, agências de fomento e os meios de comunicação também atuam no sentido de in- fluenciar os rumos da gestão das universidades. A relação com esse complexo e variado conjunto de interlocutores exige conhecimento, competência, experiência, ousadia, coragem, rigor ético, condições concentradas nas pessoas responsáveis pela gestão e administração. Respaldada em estudos, reflexões e décadas de vivência em diferentes atividades acadêmicas verifi- quei que, em linhas gerais, a boa gestão é demonstrada na capacidade de mudar e adaptar-se às transformações exigidas pelas inúmeras clientelas a que atende e, tam- bém, no exercício da autoridade para resistir às pressões que considera inadequadas. Ao mesmo tempo, deve possuir capacidade de enfrentar os complexos desafios que pressionam e impactam essas instituições de grande diversidade, preservando as heranças de seus ideais e origens
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Krasilchik, M. (2008). Gestão: desafios e perspectivas. Revista USP, (78), 22–31. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i78p22-31
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