Entre as diversas adaptações que os seres vivos apresentam em resposta às variáveis do ambiente, estão as mudanças adaptativas morfológicas e funcionais a curto e longo prazo que acontecem no sistema digestório em resposta ao padrão de alimentação. Em alguns répteis, tais adaptações vêm ao encontro da maximização dos recursos energéticos, os quais correlacionam os hábitos alimentares ao rendimento energético por meio do processo de regulação de órgãos específicos. Considerável número de artigos discute o desempenho do trato gastrointestinal e a influência de outros sistemas no auxílio a esse comportamento do sistema digestório em répteis, especialmente em pítons. Este trabalho teve por objetivo destacar e discutir as ações fisiológicas envolvidas no processo digestório e em outros sistemas em répteis que se alimentam esporadicamente. A atrofia e reconstrução alternadas do trato gastrointestinal em animais de hábitos alimentares infrequentes garantem a esses uma economia de energia em períodos de jejum e uma alta captação dos nutrientes no período digestivo. Essas alterações são acompanhadas por variações funcionais ácido-básicas, respiratórias e hemodinâmicas, e consequentemente por grandes mudanças na taxa metabólica, quando os estados de jejum e pós-prandial são comparados.
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Oliveira, P. R. C. de, & Pedrosa, M. M. D. (2017). FISIOLOGIA DE EXTREMOS: DIGESTÃO EM RÉPTEIS DE ALIMENTAÇÃO ESPORÁDICA. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia Da UNIPAR, 19(3). https://doi.org/10.25110/arqvet.v19i3.2016.6095
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