OBJETIVOS: A medicina intensiva é especialidade relativamente nova que apresentou grande desenvolvimento no Brasil nos últimos anos. No entanto, existe pouca procura por parte dos médicos em realizar este tipo de especialização. O objetivo deste estudo foi descrever os motivos pelos quais os médicos residentes de Salvador-BA pretendem ou não realizar residência médica em medicina intensiva. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, em que foi aplicado um questionário, durante o período de outubro a dezembro de 2007, a todos os médicos residentes das especialidades pré-requisito para medicina intensiva (clínica médica, cirurgia geral e anestesiologia). RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 165 médicos residentes (89,7 por cento do total), sendo 51,5 por cento residentes de clínica médica, 25,5 por cento de cirurgia geral e 23 por cento de anestesiologia. Dos entrevistados, 14 (9,1 por cento) pretendem fazer residência de medicina intensiva, embora 90 (54,5 por cento) pretendam ser plantonistas de unidades de terapia intensiva após a residência. O principal motivo destacado para se especializar em medicina intensiva foi gostar de trabalhar com pacientes graves (92,9 por cento). Já os principais motivos para não se especializar em medicina intensiva estão relacionados à pior qualidade de vida ou de trabalho. Os médicos residentes que fizeram algum estágio em unidade de terapia intensiva durante a graduação são mais propensos a serem plantonistas de unidades de terapia intensiva após a residência. CONCLUSÕES: A população avaliada demonstrou baixo interesse em se especializar em medicina intensiva. Os principais motivos apontados foram os fatores relacionados à qualidade de vida dos intensivistas e ao ambiente de trabalho. Um levantamento nacional se faz necessário para identificar quais as intervenções são adequadas para incentivar esta especialização.(AU)
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Neves, F. B. C. S., Vieira, P. S. P. de G., Cravo, E. A., Portugal, T. da S., Almeida, M. F., Brasil, I. S. P. de S., … Feitosa-Filho, G. S. (2009). Motivos relacionados à escolha da medicina intensiva como especialidade por médicos residentes. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 21(2), 135–140. https://doi.org/10.1590/s0103-507x2009000200004
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