O estudo apresenta dados acerca da provisão social das necessidades de doentes insuficientes renais crónicos em tratamento de hemodiálise em Portugal. Estudo descritivo dos dados dos processos sociais de 1436 doentes no ano de 2017. Na maioria são do sexo masculino (60,7%) e têm idades entre os 19 e os 97 anos (M = 66,3; DP = 15,8). Foram sinalizadas 2550 necessidades, 1,78 sinalizações em média por doente. Do total, 48% apresentam necessidades de apoio material/instrumental, 31,2% evidenciaram necessidades de advocacy e de intervenção psicossocial, sendo estas e as de apoio logístico que apresentam um número mais elevado de sinalizações (M = 1,257; M = 1,431, respetivamente). Em 63,4% dos casos a resposta foi adequada. As necessidades não satisfeitas são por resposta desadequada ou por inexistência de resposta (6,2%; 5,5%), ou ainda por não adesão do doente/família (14,1%; 6,1%). Analisadas as diferenças sociodemográficas, as pessoas viúvas registam um número de necessidades superior aos outros estados civis (p < 0,01), e os doentes em famílias de acolhimento ou instituições (p < 0,01). O conhecimento das necessidades destes doentes é fulcral para o Serviço Social favorecer programas de provisão às necessidades dominantes e para grupos de especial atenção.
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Olim, M. F., Guadalupe, S., Zeferino, S., Marques, M., Neves, P., & Conceição, J. (2018). Necessidades e recursos sociais em doentes renais crônicos hemodialisados. Serviço Social e Saúde, 17(1), 31–64. https://doi.org/10.20396/sss.v17i1.8655202
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