Diferentemente daquelas proposições de “agricultura alternativa”, cujos anseios limitam-se a idealizar que a reprodução ampliada do capital possa ocorrer sem provocar efeitos devastadores, ambientais ou sociais, na perspectiva da agroecologia considerada por ALTIERI (2002), GUZMÁN; MOLINA (2005) e GUTERRES (2006) está posto que o posicionamento político-ideológico é necessário. Neste caso, parte-se da crítica às bases estruturantes do sistema de produção, concebendo o cotidiano da vivência camponesesa como renovação contínua da luta, a qual, talvez, somente seja possível por ser também pautada pela racionalidade ecológica, provocando o acirramento de velhas e a produção de novas contradições ao confrontar-se com a hegemonia da racionalidade econômica. Por fim, a agroecologia é compreendida na interação dos camponeses com pesquisadores, entidades e grupos sociais, o que, por sua vez, traz o desafio do diálogo em meio à pluralidade epistemológica.
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Camargo, P. (2007). Fundamentos da transição agroecológica: racionalidade ecológica e campesinato. Agrária (São Paulo. Online), (7), 156–181. https://doi.org/10.11606/issn.1808-1150.v0i7p156-181
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