“Señora, no espere que un día de hospital cure 40 años de mala vida”: morte, emoções e fronteira

  • Olivar J
N/ACitations
Citations of this article
12Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

Resumo Este artigo é produto de mais de sete anos de pesquisa sobre gênero, sexualidade, dinheiro, Estado e fronteiras na cidade de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru. Proponho uma reflexão sobre a produção emocional da fronteira e sobre a fronteira como materialização performativa de determinadas gramáticas emocionais. Através da narrativa fortemente implicada no adoecimento e morte da Carmelo, “patrona” de um prostíbulo transfronteiriço naquela cidade, argumento que adoecer e rumar-se à morte implica para algumas pessoas um doloroso processo de sujeição e periferização, atravessado por uma testagem derradeira dos circuitos e gramáticas afetivas através das quais se produziu a vida. Tal processo implica atualizações e performatizações de emoções que podem estar relacionadas com a construção mito-conceitual da Fronteira.Abstract This article is a result of over 7 years of research on gender, sexuality, money, State and borderlands in Tabatinga city (AM), at the triple border region between Brazil, Colombia and Peru. I propose a reflection on the emotional production of the broder/frontier and about it as a performative materialization of specific emotional grammars. Through the strongly implicated narrative of the illness and death of Carmelo, a transborder brothel “madam” in that town, I claim that to sicken and direct into death implies in a painful process of submission and peripherization for some people, crossed by a final testing of circuits and affective grammars through which life built itself. Such process implies in effectuation and enacting of emotions that can be related to the myth-conceptual construction of Border.

Cite

CITATION STYLE

APA

Olivar, J. M. N. (2019). “Señora, no espere que un día de hospital cure 40 años de mala vida”: morte, emoções e fronteira. Horizontes Antropológicos, 25(54), 79–110. https://doi.org/10.1590/s0104-71832019000200004

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free