A pandemia COVID-19, doença respiratória causada pelo gênero coronavírus, levantou questões quanto à classificação de risco de mulheres gestantes e puérperas. Apesar da grande maioria do grupo se manter assintomática ou com sintomas clássicos da doença (tosse, febre, coriza), a infecção está relacionada ao aumento de eventos adversos da gravidez, como pré-eclâmpsia e ruptura prematura de placenta, além de aumentar as chances de uma morte fetal-intrauterina. Tal problemática reflete-se nos neonatos, os quais podem ser afetados pela contaminação materna, seja pelas maiores chances de prematuridade ou pelo risco de também serem infectados. Sendo assim, objetiva-se por meio deste estudo avaliar na literatura quais as principais consequências registradas do COVID-19 em recém-nascidos de mães infectadas pelo vírus. Para isso, buscou-se pelos descritores nas plataformas Google Scholar, LILACS, PubMED e SciELO, encontrando-se um total de 18736 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão, restaram 117 artigos para serem analisados, dos quais 26 compõem a amostra atual. A transmissão vertical ainda é pouco relatada, sendo que as manifestações gestacionais mais comuns formam pré-eclâmpsia, sofrimento fetal e parto prematuro. Já em relação aos neonatos, a maioria, quando infectada, não apresenta sintomatologia da doença. Dessa forma, conclui-se que são necessários mais estudos para a confirmação da gravidade do COVID-19 em recém-nascidos de mães positivas, de forma melhorar o entendimento quanto às necessidades e aos cuidados desse grupo.
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Vieira, A. R. L. de C., Rocha, A. J. C., Faria, A. L. O. de, Oliveira, R. R. A. de, & Barros, G. B. S. (2021). Gestantes com COVID-19 e as suas consequências nos recém-nascidos. Research, Society and Development, 10(12), e303101220506. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20506
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