Resumo Desde o início de sua história o homem sempre procurou entender como ocorrem as doenças. Nessa perspectiva já na antiguidade Hipócrates relacionou a propagação das doenças ao ambiente habitado pelo homem. Com o advento das políticas imperialistas do século XVII e XVIII a Geografia foi utilizada como instrumento de conquista. Essa mesma análise pode ser feita para a Geografia Médica, pois seu maior desenvolvimento ocorreu com a penetração dos países imperialistas nos trópicos, como se pode observar nos Atlas de Geografia Médica produzidos nessa época, com informações preventivas a serem tomadas pelos exércitos europeus em caso de ocupação militar dos territórios insalubres do mundo tropical. Com um caráter informativo a Geografia Médica é caracterizada pela elaboração de mapas que representam a espacialização das diversas doenças, não contendo uma análise aprofundada de suas causas. Foi somente no século XIX que as mudanças políticas e sociais iram requerer da Geografia uma contribuição mais profunda na relação saúde e doença. Com o intuito de responder a essa necessidade nasce em 1976, em Moscou, a Geografia da Saúde. Com uma visão abrangente a Geografia da Saúde irá receber influencia de Grandes autores da Geografia como Milton Santos. Portanto, atualmente essa linha de pesquisa tem chamado a atenção de vários geógrafos e contribuído para uma análise da saúde à partir de um olhar geográfico.
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Junqueira, R. D. (2009). GEOGRAFIA MÉDICA E GEOGRAFIA DA SAÚDE. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e Da Saúde, 5(8), 92–101. https://doi.org/10.14393/hygeia516931
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