Associação de Rhizobium sp. a duas leguminosas na tolerância à atrazina

  • Camargo D
  • Bispo K
  • Sene L
N/ACitations
Citations of this article
14Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

A associação de bactérias a plantas tem sido estudada como uma possível tecnologia emergente, para fitorremediação de contaminantes, entre eles os herbicidas, que, por sua recalcitrância, ameaçam a qualidade do ambiente. O objetivo deste trabalho foi verificar a tolerância de mucuna-anã (Stizolobium deeringianum Bort) e mucuna-preta (Stizolobium aterrimum Piper & Tracy), inoculadas e não inoculadas com Rhizobium sp., ao herbicida atrazina. Os tratamentos foram: plantas com inoculante + 0,1 g/m², 0,2 g/m² atrazina e sem atrazina (T1, T2 e T3, respectivamente), sem inoculante + 0,1 g/m², 0,2 g/m² atrazina e sem atrazina (T4, T5 e T6, respectivamente). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições. Foram avaliados germinação, sobrevivência, número de nódulos, altura, biomassa verde, biomassa seca da parte aérea, após o crescimento das plantas por 50 dias em casa de vegetação. Nos tratamentos com inoculante, avaliou-se a porcentagem de germinação de plantas bioindicadoras (Bidens pilosa L.). Mucuna-preta e mucuna-anã demonstraram maior tolerância ao herbicida quando associadas ao Rhizobium. Os valores de sobrevivência de mucuna-preta, nas doses 0,1 e 0,2 g/m² de atrazina (T1 e T2), foram de 34 a 24% superiores aos observados nas mesmas doses, mas sem o inoculante (T4 e T5). Para mucuna-anã, T1 e T2 foram de 17 e 8% superiores a T4 e T5, respectivamente. As alturas médias de mucuna-anã em T1, T2 e T3 foram mais elevadas que em T4, T5 e T6, reforçando a importância do simbionte à resistência ao herbicida. Os resultados encontrados para as variáveis altura, biomassa verde e seca para mucuna-preta não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos com e sem inoculante, mostrando uma resistência natural à atrazina e a possibilidade de atuar como planta remediadora. A germinação de B. pilosa indica uma possível degradação da atrazina no solo com ambas as espécies de mucunas inoculadas com Rhizobium sp.The association of bacteria with plants has been studied as a possible emerging technology for phytoremediation of contaminants, including herbicides, which pose as a threatening to environmental quality due to their recalcitrance. The aim of this study was to assess the tolerance of dwarf mucuna (Stizolobium deeringianum Bort) and black mucuna (Stizolobium aterrimum Piper & Tracy) inoculated and uninoculated with Rhizobium to the herbicide atrazine. The treatments were: plants with inoculant + 0.1 g/m², 0.2 g/m² atrazine, and without atrazine (T1, T2 and T3, respectively), plants without inoculant + 0.1 g/m², 0.2 g/m² atrazine and without atrazine (T4, T5 and T6, respectively). The experiment was arranged in a completely randomized design, with three replications. Plants were grown in a greenhouse for 50 days and the variables germination, survival, number of nodules, height, green/dry biomass of the aerial part were evaluated. In the treatments with inoculants, the germination percentage of bioindicator plants (Bidens pilosa L.) was also evaluated. Black mucuna and dwarf mucuna showed greater tolerance to the herbicide when associated with Rhizobium. The survival rates of black mucuna at the doses 0.1 and 0.2 g/m² atrazine (T1 and T2) were 34 and 24% higher than those observed at the same doses, but without the inoculant (T4 and T5). For dwarf mucuna, T1 and T2 were 17 and 8% higher than T4 and T5, respectively. The average heights of dwarf mucuna in T1, T2 and T3 were higher than in T4, T5 and T6, reinforcing the importance of the symbiont to the herbicide resistance. The results found for the variables height, green and dry biomass for black mucuna were not significantly different among the treatments with and without inoculant, showing a natural resistance to atrazine and the possibility of acting as a remediation plant. The germination of B. pilosa indicates a possible degradation of atrazine in the soil by both mucuna species inoculated with Rhizobium sp.

Cite

CITATION STYLE

APA

Camargo, D., Bispo, K. L., & Sene, L. (2011). Associação de Rhizobium sp. a duas leguminosas na tolerância à atrazina. Revista Ceres, 58(4), 425–431. https://doi.org/10.1590/s0034-737x2011000400004

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free