A análise da composição química do mesocarpo de babaçu, comercializado em lojas de produtos naturais de São Luís/MA, foi realizada por espectroscopia na região do IV, onde foi possível observar a presença de vibrações características de celulose e amido presentes majoritariamente. A análise termogravimétrica realizada possibilitou identificar três eventos, sendo o primeiro atribuído a saída de água de hidratação, o segundo a decomposição dos constituintes orgânicos da farinha e por último a decomposição térmica da celulose. A cinética de termodecomposição do mesocarpo foi analisada e foram observados valores de ordem de reação e de energia de ativação muito próximos para os quatro modelos aplicados. Foram produzidos pães substituindo-se parte da farinha de trigo por mesocarpo do babaçu, visando à obtenção de produtos nutritivos e saudáveis. Os resultados das análises físico-químicas sem e com adição de 2,5; 5,0 e 7,5% de mesocarpo revelam a presença 26,9; 23,9; 26,7 e 28,8% de umidade; 3,8; 3,9; 3,6 e 3,4% de cinzas; 5,9; 5,8; 3,8 e 3,4% de lipídios; 9,7; 10,1; 11,1 e 9,1% de proteínas e 53,7; 56,3; 54,8 e 55,3% de carboidratos. Estes resultados nos levaram a inferir que os pães enriquecidos com mesocarpo de babaçu apresentam-se como uma alternativa viável para uma alimentação saudável e balanceada.
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Rangel, J. H. (2012). Estudo termogravimétrico e das propriedades nutricionais do Mesocarpo de Babaçu [Orbignya Speciosa] em adição ao pão. Acta Tecnológica, 6(2), 12–17. https://doi.org/10.35818/acta.v6i2.34
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