A análise da produção científica e tecnológica no território brasileiro, a fim tanto de entender os determinantes desta prática no espaço, bem como contribuir para a elaboração de políticas específicas para o fomento destas atividades, tem sido objeto de vários estudos contemporâneos. Estes, geralmente, utilizam-se de variáveis proxies, sendo as mais comumente encontradas na literatura nacional as referentes a publicações de artigos e a registros de patentes. A publicação da Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica – PINTEC, em 2002 abriu a possibilidade de se avaliar o desenvolvimento tecnológico brasileiro a partir de gastos em P&D, colocando o País no rol daqueles que divulgam estatísticas utilizando metodologia internacionalmente aceita sobre o assunto. Não obstante a disponibilização destas informações pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ainda são poucos os trabalhos que utilizam-nas para um estudo mais detalhado da distribuição espacial da inovação tecnológica brasileira. Diante disso, o presente trabalho faz uso dos dados, agregados por setor, de gastos em P&D fornecidos pela PINTEC, de informações sobre mão-de-obra qualificada oriundas da Relação Anual de Informações Sociais – IBGE (RAIS) e dados de patentes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, para a proposição e estimação de uma metodologia – que utiliza técnica de “ajustes biproporcionais de resíduos”, tal como em Bacharach (1970) – que objetiva a regionalização, ao nível das unidades federativas, da atividade inovativa interna às firmas no País.
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Simões, R., Oliveira, A., Gitirana, A., Cunha, J., Campos, M., & Cruz, W. (2009). A Geografia da Inovação: uma Metodologia de Regionalização das Informações de Gastos em P&D no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, 4(1), 157. https://doi.org/10.20396/rbi.v4i1.8648910
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