OBJETIVO: Comparar resultados da polipectomia histeroscópica endometrial efetuada ambulatorialmente, sem anestesia, com polipectomia histeroscópica convencional sob anestesia, em centro cirúrgico, avaliando taxa de sucesso, tempo de procedimento e complicações. Mensurar dor aferida pela paciente nos dois grupos. MÉTODOS: Estudo transversal observacional de 60 pacientes com diagnóstico histeroscópico de pólipo endometrial divididas em dois grupos: Grupo Ambulatorial, composto por pacientes submetidas à polipectomia histeroscópica ambulatorial, utilizando-se pinça endoscópica em histeroscópio operatório ambulatorial de fluxo contínuo, por meio de vaginoscopia sem anestesia, e Grupo Convencional com pacientes submetidas à polipectomia histeroscópica em centro cirúrgico, utilizando-se ressectoscópio monopolar sob anestesia. RESULTADOS: Os grupos foram similares quanto a idade, paridade, tipo de parto e presença ou não de menopausa. Ambos os grupos apresentaram 100% de eficácia na exérese dos pólipos. O tempo médio de procedimento foi de 7 minutos no Grupo Ambulatorial e 35,16 minutos no Grupo Convencional. No Grupo Ambulatorial, as pacientes após a menopausa (p=0,04) e aquelas com pólipos >1cm (p=0,01) apresentaram tempo de procedimento maior. Durante o procedimento,a média de dor referida pelas pacientes, segundo a Escala Analógica Verbal de Dor, no Grupo Ambulatorial, foi de 2,93 e, após efeito anestésico do procedimento no Grupo Convencional, foi de 1,42 pontos. Não houve complicações no Grupo Ambulatorial. No Grupo Convencional, registraram-se um caso de perfuração uterina e um de falso trajeto. CONCLUSÃO: A polipectomia histeroscópica realizada em regime ambulatorial, sem anestesia, é um procedimento bem tolerado. Quando comparada ao tratamento convencional, apresenta a mesma eficácia, porém com menor tempo gasto no procedimento e menor índice de complicações.OBJECTIVE: To compare results of hysteroscopic polypectomy of the endometrium performed in an outpatient clinic, under no anesthesia, to conventional hysteroscopic polypectomy under anesthesia in the operating theatre, assessing success rate, procedure time and complications; and to measure pain referred by patients in both groups. METHODS: An observational cross-sectional study of 60 patients with hysteroscopic diagnosis of endometrial polyps, divided into two groups: the Outpatient Group, comprising patients submitted to outpatient´s hysteroscopic polypectomy by continuous flow vaginoscopy using endoscopic forceps under no anesthesia, and the Conventional Group with patients submitted to hysteroscopic polypectomy in the operating theater, using a monopolar resectoscope under anesthesia. RESULTS: The groups were similar as to age, parity, mode of delivery and menopausal status. Both groups presented 100% efficacy in exeresis of polyps. The mean time of procedure was 7 minutes in the Outpatient Group and 35.16 minutes in the Conventional Group. In the Outpatient Group, menopausal patients (p=0.04) and those with polyps >1cm (p=0.01) had longer procedures. Using the Verbal Analog Scale of Pain, the mean score of pain referred by patients during the procedure was 2.93 in the Outpatient Group and, after anesthetic effect, 1.42 in the Conventional Group. There were no complications in the Outpatient Group. There was one case of uterine perforation and one case of false passage in the Conventional Group. CONCLUSION: Hysteroscopic polypectomy performed in an outpatient setting under no anesthesia is a well-tolerated procedure. As compared to conventional treatment, it displays the same efficacy, but the procedure time is shorter and the complication rate is lower.
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Bergamo, A. M., Depes, D. de B., Pereira, A. M. G., Santana, T. C. D. de, Lippi, U. G., & Lopes, R. G. C. (2012). Polipectomia endometrial histeroscópica: tratamento ambulatorial versus convencional. Einstein (São Paulo), 10(3), 323–328. https://doi.org/10.1590/s1679-45082012000300012
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