O termo Turismo Religioso tem sido utilizado muitas vezes de forma indiscriminada por gestores públicos e empresários do setor turístico, confundindo-se com outros deslocamentos, como romarias e peregrinações místicas. Seria possível afirmar que qualquer deslocamento de visitantes a santuários, templos, ou festas religiosas são práticas de turismo religioso? Quais são os agentes envolvidos e qual a participação da comunidade local na concepção e beneficiamento deste tipo de turismo? Consta do Plano Diretor do município fluminense de Armação dos Búzios (2006) uma indicação para o desenvolvimento de Turismo Religioso baseada no fluxo de visitantes à Capela de Nossa Senhora Desatadora de Nós, notadamente a partir do ano de 2001. Este artigo busca aproximações e distanciamentos entre as práticas atuais de turismo observadas no contexto da religião católica tendo como referência a Canção Nova - Hierópolis Carismática de Cachoeira Paulista/SP (OLIVEIRA, 2015) e da religiosidade do self (ou Nova Era) observado nos Caminhos de Santiago do Brasil (STEIL, CARNEIRO, 2011). Esta análise foi preliminar para a pesquisa sobre os limites e potencialidades do turismo religioso em um destino consolidado pelo Turismo de Lazer do tipo Sol e Praia, intitulada “Desatando Nós entre o Sagrado e o Profano: Perspectivas para o turismo religioso católico em Armação dos Búzios/RJ”. A metodologia de pesquisa é qualitativa, de base etnográfica, a partir de observação direta e entrevistas em profundidade com atores/agentes locais.
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Costa, S., & Ferreira, H. (2020). Perspectivas para o desenvolvimento de Turismo Religioso em Armação dos Búzios – RJ. Caderno Virtual de Turismo, 19(3). https://doi.org/10.18472/cvt.19n3.2019.1569
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