É difícil prever o futuro da educação brasileira, mas a presença cada vez mais marcante das tecnologias digitais em contextos educacionais parece ser uma tendência irrefreável. Proliferam novas siglas, acrônimos e rótulos apresentados como novidades, mas que, frequentemente, apenas reciclam velhas ideias. Enquanto a expansão da indústria que fornece artefatos digitais para fins supostamente educacionais se dá com o respaldo de políticas de fomento à inovação, as discussões pertinentes são predominantemente maniqueístas e marcadas por juízos de valor fortemente afetivos. Nesse contexto, para que seja possível enfrentarem-se condições possivelmente adversas aos valores de uma educação focalizada na formação de cidadãos críticos, é preciso desafiar essa polarização. Baseado em estudos críticos e na experiência docente dos autores, este ensaio discute recursos e estratégias pedagógicas que visam a resistir às resistências fundadas em concepções simplistas da relação educação-tecnologia.
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Ferreira, G. M. D. S., Carvalho, J. D. S., Lemgruber, M. S., & Rosado, L. A. D. S. (2020). ESTRATÉGIAS PARA RESISTIR ÀS RESISTÊNCIAS: EXPERIÊNCIAS DE PESQUISA E DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA. Revista E-Curriculum, 18(2), 994–1016. https://doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i2p994-1016
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