Assembléias de Formicidae da serapilheira como bioindicadores da conservação de remanescentes de Mata Atlântica no extremo sul do Estado da Bahia

  • Conceição E
  • Costa-Neto A
  • Andrade F
  • et al.
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Abstract

No extremo sul do Estado da Bahia, a Mata Atlântica tem sido fortemente afetada pelas atividades humanas. As formigas são vistas como indicadores biológicos confiáveis por serem sensíveis às mudanças das condições do ambiente, permitindo uma avaliação do impacto ambiental. O objetivo do presente estudo foi de avaliar a qualidade ambiental em quatro remanescentes de Mata Atlântica através de uma análise da estrutura das assembléias de Formicidae. As quatro reservas estudadas, todas situadas naquela região, foram: reserva da escola agrícola EMARC, Município de Teixeira de Freitas; Fazenda Vista Alegre, Alcobaça; Fazenda FIBRASA, Itamarajú e Fazenda Riacho das Pedras, Prado. Em cada área, foram amostrados 50 pontos de um metro quadrado de serapilheira, com o auxílio de armadilhas de tipo “Winkler”. O maior número de espécies observado foi na Fazenda FIBRASA (55 espécies) e na Fazenda Riacho das Pedras, seguidas pela Fazenda Vista Alegre (33) e a reserva da EMARC (22). A área de maior diversidade de espécies esperada (estimador Chao2) é também a da Fazenda FIBRASA, enquanto a área da EMARC foi também a de menor diversidade esperada. As espécies mais freqüentes na reserva da EMARC foram Wasmannia auropunctata (60% das amostras) e Solenopsis sp1 (58%); na Fazenda FIBRASA, W. auropunctata (64%) e Solenopsis sp.1 (46%); na Fazenda Riacho das Pedras, Pyramica eggersi (80%) e Solenopsis sp.1 (64%); na Fazenda Vista Alegre, Pheidole sp.1 (34%), Hypoponera sp.8 (32%) e Pyramica denticulata (24%). Existem correlações entre o nível de impacto humano e as riquezas específica e genérica, assim como com outras variáveis ecológicas, nas áreas estudadas. Todas essas apresentaram uma ocorrência elevada de espécies típicas de ambientes degradados, como é o caso de W. auropunctata, mostrando a urgência que existe numa política de conservação mais efetiva dos cada vez mais raros remanescentes do extremo sul do Estado da Bahia.

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Conceição, E. S. da, Costa-Neto, A. de O., Andrade, F. P., Nascimento, I. C. do, Martins, L. C. B., Brito, B. N. de, … Delabie, J. (2006). Assembléias de Formicidae da serapilheira como bioindicadores da conservação de remanescentes de Mata Atlântica no extremo sul do Estado da Bahia. SITIENTIBUS Série Ciências Biológicas, 6(4), 296–305. https://doi.org/10.13102/scb8195

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