Foram avaliados os parâmetros de qualidades microbiológicas e físico-químicas em 40 amostras de pirarucu salgado-seco comercializados na cidade de Belém, durante 12 meses. Os valores médios de umidade, cinzas, lipídios, proteínas, atividade de água (Aa), cloretos, bases voláteis totais, ranço oxidativo e aminas biogênicas foram, respectivamente, 46,99% (±3,71); 18,82% (±1,91); 7,31% (±4,98); 29,49% (±4,96); 0,73 (±0,04); 14,60% (±1,94); 21,44 mgN/100g (±9,76); 0,35 mg.kg-1 (±0,12); e não detectado. Os valores de umidade estavam acima do limite padrão em 75% das amostras. Diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) para Aa e cloretos foi observada entre o período do defeso (D) e não defeso (ND). Os resultados microbiológicos foram em média de 5,01 logUFC/g de mesófilos; 5,76 logUFC/g de halofílicos; 4,99 logUFC/g de fungos; 1,87 logUFC/g de Staphylococcus coagulase positiva (SCP); 0,27 logUFC/g de Enterobacteriaceae viáveis; 2,50 logNMP/g de Enterococcus spp.; 2,82 logNMP/g de coliformes totais (CT); e 2,15 logNMP/g de coliformes a 45 °C (CTer). SCP e CT apresentaram diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) no D e ND, e CTer nas amostras dos supermercados e das feiras livres. O pirarucu salgado-seco apresentou condições higiênico-sanitárias insatisfatórias e de consequente risco à saúde do consumidor.
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Nunes, E. do S. C. de L., Franco, R. M., Mársico, E. T., & Neves, M. da S. (2012). Qualidade do pirarucu (Arapaima gigas Shing, 1822) salgado seco comercializado em mercados varejistas. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 71(3), 520–529. https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32460
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