Este estudo descreve as experiências de preconceito e discriminação de mulheres negras em uma universidade pública e suas estratégias de enfrentamento. Foi realizado um estudo qualitativo descritivo por meio de entrevista com 15 mulheres na faixa etária de 22 até 55 anos. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo dando origem as categorias: concepções sobre ser mulher negra; experiências de preconceito e discriminação na universidade; estratégias de enfrentamento do preconceito e da discriminação. Constatou-se que a concepção de ser mulher negra envolve necessariamente o desafio de construir uma autoimagem e identidade positivas e uma perspectiva de resistência. O preconceito e discriminação na universidade manifestaram-se por meio de experiências que indicam hostilidade, rejeição e impedimentos. As estratégias de enfrentamento do preconceito e discriminação, por sua vez, envolvem o apoio da família, o envolvimento com a estética, a religiosidade e a ancestralidade de matriz africana, a participação em coletivos organizados de estudantes negros dentro da universidade.
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Munoz, B. L., Oliveira, G. L. dos S., & Dos Santos, A. D. O. (2018). Mulheres negras acadêmicas: preconceito, discriminação e estratégias de enfrentamento em uma universidade pública do Brasil. Interfaces Brasil/Canadá, 18(3), 28. https://doi.org/10.15210/interfaces.v18i3.14420
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