A presença de interlocutores da sociedade civil junto da acção pública é estimulada pelas normas europeias, que reforçam o papel dos “parceiros sociais” nos vários patamares da governação. Para as regiões francesas, a possibilidade de associar às suas políticas a expertise e representatividade social dos grupos de interesse constitui um meio importante de legitimação e eficácia. O contexto regional é, todavia, pouco atractivo para os representantes da sociedade civil. Estes, com dificuldade em conciliar posições nos territórios e inibidos pela complexidade dos programas comunitários, preferem apostar no percurso institucional tradicional, privilegiando o relacionamento com o Estado e os departamentos. As regiões, por outro lado, vêem a nível territorial os parceiros sociais virar-se mais para as aglomerações urbanas.
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Dupoirier, E. (2007). À descoberta da sociedade civil regional: Os parceiros sociais, agentes das políticas regionais financiadas pela União Europeia1. Revista Crítica de Ciências Sociais, (77), 11–35. https://doi.org/10.4000/rccs.777
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