O principal objetivo deste estudo foi identificar as representações sociais da deficiência em famílias, considerando que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência, as barreiras comportamentais e as ambientais que impedem sua participação plena e eficaz na sociedade de forma igualitária. Optou-se comparar a representação de dois tipos de grupos familiares: um grupo familiar no qual há convívio direto com pessoas com deficiência e outro grupo familiar em que não há convívio direto com pessoas com deficiência. Foi utilizado o referencial teórico da Teoria das Representações Sociais em especial a contribuição da Abordagem estrutural de modo a identificar e comparar os prováveis núcleos centrais das representações entre os grupos estudados. Para tanto, utilizou-se questionários com questões fechadas e abertas e tarefas de evocação livre acerca de dois objetos: Deficiência e Pessoa com Deficiência. A pesquisa foi realizada com 108 famílias residentes no Estado do Rio de Janeiro. Os resultados apontam as representações sociais nas famílias em convívio direto com as pessoas com deficiência ligadas aos aspectos da dinâmica cotidiana, dos direitos e da visão de compreender a pessoa com deficiência como sujeito. As famílias que não apresentam o convívio direto possuem representações sociais relacionadas a sentimentos de pena, compaixão, questões ligadas ao corpo e a falta, o que gera preconceitos e discriminações. Como semelhança os grupos apontaram a dificuldade vivida pela pessoa com deficiência para garantir seus direitos, a falta de infraestrutura/acessibilidade e de políticas públicas efetivas.
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Dos Santos Luna, M. B. C., & Naiff, L. A. M. (2015). Representações sociais da deficiência nas famílias: um estudo comparativo. Psicologia e Saber Social, 4(1). https://doi.org/10.12957/psi.saber.soc.2015.11311
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