No Brasil, segundo o Data Senado (2013) cerca de 38% das mulheres afirmam ter sofrido violência psicológica. Assim, este trabalho tem como objetivo de discutir a compreensão de estudantes do curso de Direito sobre a violência psicológica contra a mulher, analisando de que forma estão se preparando para lidar com tal demanda de trabalho e se há, por parte destes estudantes e futuros profissionais, o reconhecimento da violência psicológica como precedente de outras formas de violência. Utilizamos de um questionário online sobre a percepção dos tipos de violência e noções jurídicas sobre a Lei Maria da Penha, utilizada como arcabouço teórico da discussão. Os resultados apontam que embora a temática venha ganhando importância, uma grande parcela dos estudantes não soube tipificar a violência psicológica. Nota-se que não basta explicar o significado deste tipo de violência, se não houver um aparato jurídico claro e objetivo de como proceder e as quais outros profissionais recorrer. Cabe à psicologia promover ações interdisciplinares fomentando tal discussão e possibilitando a construção de novos espaços de discussão e de construção/efetivação de uma rede integrada de saberes para suporte para as mulheres vítimas de violência, e para discutir a tipificação no âmbito jurídico da violência psicológica.
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Echeverria, G. B. (2018). A Violência Psicológica Contra a Mulher: Reconhecimento e Visibilidade. Cadernos de Gênero e Diversidade, 4(1), 131. https://doi.org/10.9771/cgd.v4i1.25651